ESTRATÉGIA OU ‘CADA UM POR SI’

Um dos dilemas na definição da estratégia em empresas com áreas funcionais formalizadas (marketing, vendas, finanças, produção e etc) é manter os objetivos na mesma direção. O inverso leva atividades para caminhos conflitantes, cruzados. A consolidação da cultura de ‘cada um por si’. Como enfrentar esse desafio?

A Teoria das restrições de H. William Dettmer é uma boa resposta. Conduzindo um trabalho em uma grande cadeia de supermercado americana, formulando objetivos com método participativo, Dettmer percebeu que duas perguntas alteraram o cronograma: “Qual é o objetivo (meta que precisa ser alcançada) da sua organização e quais os fatores críticos de sucesso para alcançá-la?” Algo estimado para levar 15 minutos, durou 4 horas. Antes de prosseguir, importante alinhar alguns conceitos que serão utilizados pois, dependendo da literatura, podem variar:

Objetivo: O resultado que os ‘proprietários’ dizem ser o objetivo proeminente ou primordial do negócio. Aqui também chamado de meta.

Fator Crítico de Sucesso: O limitado número de resultados sem os quais o objetivo não pode ser alcançado. São as poucas condições necessárias que, se satisfeitas, representam o objetivo realizado.

O plano de ação será formulado pelas equipes após a definição destas prioridades, o que é realmente crítico para que o ou os objetivos sejam alcançados. A ferramenta de gestão apresentada aqui trata estas restrições como base.

A ‘arvore de metas’(goal tree) considera que em seu topo encontra-se o resultado esperado ao satisfazer os fatores críticos de sucesso e que os fatores são o resultado da combinação de tarefas funcionais ou atividades. Desta maneira, uma ‘hierarquia visual’ acaba emergindo.

O passo a passo de sua formulação é:

1- Definição de meta (até 3);
2- Fatores Críticos de Sucesso (entre 3 e 5 por meta);
3- Condições básicas (tarefas funcionais, quantidade próxima a dos fatores).

O autor destaca que, “um objetivo claramente articulado e fatores críticos de sucesso bem definidos são o coração e a alma de uma estratégia eficaz.
Recentemente pude experimentar, mais uma vez, a ferramenta em um workshop para gestores. Ressalto algumas percepções: 

1- Identificação e fortalecimento da estratégia;
2- Entendimento dos problemas-chave para o alcance dos objetivos;
3- Praticidade na formulação de KPIs e suas metas;
4- Facilidade na comunicação e na tarefa de delegar;
5- Direcionamento para planos de ação mais eficazes.

E a sua empresa? E você? Como definem o objetivo prioritário e identificam as principais restrições para o seu alcance?

Ótima semana e sucesso!

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