A liderança possui o papel mais importante no processo de transformação em uma empresa. Reconhecendo isso, como as organizações estão preparadas para novas lideranças? Neste momento, incorporando profissionais promovidos ou recrutados no mercado. Existe um procedimento? Uma simples preparação para quem está assumindo tamanha responsabilidade?
Em seu livro ‘Os primeiros 90 dias’, Michael Watkins destaca que muitas corporações “jogam profissionais em situação crítica só para descobrir se afundam ou aprendem a nadar”. Este pensamento não contribui positivamente com nada, apesar de ser um mantra em alguns lugares. Acaba deteriorando o clima, o gerenciamento da rotina e engole qualquer estratégia (boa ou não). Pilares que, desequilibrados, corroem a qualidade da execução e, consequentemente, o alcance dos resultados.
Sob outro ponto de vista, temos a responsabilidade destas novas lideranças. O filósofo Sócrates escreveu que “se você tiver que encontrar a verdade, será por você e para você”. A frase fortalece a necessidade de saber escutar e ter um olhar crítico sobre todos os acontecimentos. E sim, construir coletivamente sem deixar de assumir uma posição. Neste novo contexto, a verdade pode não estar com você mas, ao redor. O cenário exige que empresas e ‘heads’ precisam estar preparados para:
- Ser influência responsável e equilibrada;
- Perseguir com a equipe objetivos comuns;
- Ser e agir conforme discurso;
- Conduzir a equipe a sucessivas superações.
Concluindo com uma reflexão do curador Hans Ulriche Obrisch, “se fizermos bem nosso trabalho, desapareceremos atrás dele”. Assim, dependendo de quem ganhar a eterna briga entre o id, ego e superego esse desafio será maior ou menor. E por isso, algumas pessoas não ficarão satisfeitas com a próxima frase. É no vazio que a liderança transformadora se sente preenchida.