A microeconomia diz: ‘Pessoas racionais pensam na margem’. A frase não tem a intenção de valorizar o ‘homem racional’. O pensamento destaca o seguinte:
– A margem especifica onde suas decisões anteriores o(a) colocaram. Isso deve ser levado em consideração ao avaliar a alteração ou não de um comportamento e plano de ação;
– Decisões comparam benefícios adicionais com custos adicionais.
Exemplificando: Uma pessoa vai comprar ingressos para um jogo no shopping e resolve ir ao cinema. Talvez não saísse de casa só para ir ao cinema. “Na margem, isto é, dado que estou no shopping, pode ser uma boa ideia.”
O economista Gregory Mankiw entende que pensar assim, para empresas, também é valioso. Ainda mais nesta crise(minha inclusão), com algum bem de capital ocioso. Vale a pena usá-lo, mesmo que produza pouco valor. Vamos imaginar que seja difícil vendê-lo (o mercado acha que está com defeito, afinal, está parado). Olhando esse baixíssimo custo de oportunidade, ainda vale colocá-lo para funcionar.
E assim, a partir do ‘já que estou aqui, porque não ir até ali?’, empresas e pessoas vão tomando decisões e seguindo em frente.
E, convenhamos, ‘ali’ é melhor do que ‘lugar nenhum’.